No último texto abordamos a questão do tempo e a importância de delegar de tarefas para sua equipe, afim de ganhar mais tempo e poder executar uma gestão mais eficiente. Hoje, vamos detalhar as principais dificuldades encontradas pelos gestores e o porquê delegar tais atividades é fundamental para o processo de gestão eficaz.
Mas, e se o gestor tem disposição, “fome” de executar as tarefas operacionais e não quer delegar, ele pode? A resposta é, até pode. Porém, não aconselho, não acredito ser o caminho correto. Assim, ele corre um maior risco de se tornar um gestor chefe ao invés de gestor líder.
Posso lhes assegurar uma coisa, não delegar tarefas, pode acabar gerando muito mais problemas do que uma maior demanda de tempo para tarefas operacionais. Um dos principais problemas é o distanciamento entre você e sua equipe, além de um ambiente com o clima desfavorável, onde o gestor assume o papel de fazer sozinho, tornando-se o único responsável, enquanto sua equipe apenas observa passivamente, não participando do processo, e, assim, criando uma maior dificuldade para gerar resultados, já que, uma equipe unida em prol de um objetivo, rende muito mais do que apenas o gestor sozinho.
Visto a importância de delegar atividades, também vale compreender que isto é algo realmente desafiador, não é uma tarefa fácil, já que, muitos fatores como a nossa formação acadêmica ou até aspectos culturais, nos trazem como padrão, os “chefes”, que costumam baixar portarias e ordenar que sua equipe siga tal tarefa, ao invés dos líderes, que são orientadores, que assumem a frente das atividades e que, além de buscar estratégias e envolverem suas equipes, distribuem as tarefas para as pessoas certas e de forma adequada e participativa. Portanto, o “chefe” acaba decidindo funções e apontando o dedo, indicando quem faz o que, enquanto o líder, envolve e decide junto. Esta escolha, entre chefe e líder, representa a forma como as pessoas enxergam o gestor e de que maneira elas reagem ao seu modo de comandar o processo.