Em uma matéria recente do Portal UOL Educação, a União Europeia desde 2015 observa a ascensão educacional de um dos países mais pobres do bloco, Portugal. Pois, além de estar sentido os efeitos da crise que assombrou a Europa nos últimos anos, o país chama atenção por seus resultados no principal teste internacional de educação, o Pisa.
Nos últimos 15 anos os resultados vêm subindo gradativamente, e é o único país do bloco que tem essa progressão anual. Nem mesmo na última grande crise, que forçou a redução de investimentos e o ajuste fiscal imposto pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo Banco Central Europeu impediu esse desenvolvimento. Tais resultados são tão positivos, que Portugal está conhecida como a “estrela ascendente da educação internacional”, e isso ocorreu isento de uma grande estratégia educativa, mas sim investindo nas pessoas que formam a comunidade escolar.
Entre as políticas que mais mostram resultados está a escolarização dos pais, já que desde os anos 1970 com a universalização da educação, todas as crianças em idade escolar estavam na escola, logo, a geração de pais com filhos em idade escolar hoje, foi a primeira geração escolarizada. Uma vez que estudos apontam que os pais com maior nível de escolaridade, tornam-se mais encorajados e estimulam seus filhos a estarem e se desenvolverem na escola, e este fato os leva a terem outra maneira de educar e a terem outra perspectiva sobre a vida acadêmica dos filhos.
Outro aspecto bastante positivo está na primeira infância, como o controle da mortalidade infantil, que caiu 94% desde os anos de 1970, além de que, Portugal está entre os únicos 15 países, que adotam as três políticas nacionais básicas de apoio a pais de bebês e crianças pequenas no período mais crítico de seu desenvolvimento, com dois anos de educação pré-primária gratuita, pausa para amamentação no trabalho para as novas mães nos primeiros seis meses e licença parental adequada.
É claro que Portugal também enfrenta desafios, e que nem tudo são flores. Problemas com o envelhecimento da geração de professores, a baixa procura pela profissão entre os jovens e as políticas adotadas sobre a retenção dos alunos com baixo rendimento também são problemas que afloram o país, que mesmo tendo um elevado índice de educação, também convive com o rótulo do país com um dos maiores índices de desigualdade social por meio da distribuição de renda entre os adultos, bem como as resultados do Pisa, colocam Portugal ligeiramente acima da média dos demais Europeus, mas estão com certa distância de países considerados como os melhores sistemas de educação do mundo.
Fonte: https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2018/10/21/como-portugal-elevou-sua-educacao-as-melhores-do-mundo-pouco-dinheiro-muito-empenho.htm